Esta dissertação apresenta um estudo em torno da produção visual do designer e artista gráfico Emory Douglas durante o período de atividade como ministro da cultura do partido norte-americano Black Panther Self Defense entre as décadas de 1960 e 1970. O texto propõe uma imersão em aspectos históricos do movimento de luta pelos direitos civis dos negros norteamericanos, analisando os elementos estéticos da visão política do período, suas iconografias e símbolos. Com esse resgate, trago o questionamento de como o design perpassa estas questões reproduzindo os valores culturais e códigos sociais destes grupos. Após isso, trago a reflexão sobre a estética Afrofuturista e o design como uma força que, através das imagens, influencia narrativas à margem da história. 
Palavras Chave: Emory Douglas, design gráfico, afrofuturismo, identidade negra

Este artigo faz uma breve análise da importância da iconografia desenvolvida pelo designer, artista e ministro da cultura do partido dos Panteras Negras Emory Douglas para os movimentos sessentistas pela igualdade de direitos civis das comunidades afro-americanas e como ela estabeleceu uma simbiose entre as linguagens visuais semióticas alinhadas com as agendas da militância do partido. Propõe uma análise sobre como design perpassa a constituição dos movimentos de militância e desenvolve uma nova perspectiva de projeção do olhar para os sujeitos.
Palavras-chave: Design, linguagens visuais, ativismo, Panteras Negras,
DOI: 10.5151/ped2018-4.2_ACO_06_substituido.pdf
O contexto de luta pela igualdade de direitos civis dos negros nos Estados Unidos foi o embrião de uma identidade aguerrida, caracterizada por iconografias de conscientização, autopreservação e marcadoras de origens africanas. A força dessas imagens, ainda hoje, é capaz de mudar a conotação do olhar das pessoas que se sentem inferiorizadas socialmente e de criar condições para um processo de valorização de suas ancestralidades. Hoje, além de um partido político, vemos que esse imaginário conecta cerca de 23 organizações em todo o mundo, que se expressam a partir da iconografia Black Panther1. Estas representações gráficas foram amplamente difundidas nos EUA a partir de 1966 e impactaram a mídia e a indústria do entretenimento, passando pela moda, a música e o cinema.
Publicado na iDeia Design Volume 5 / 2019
Este artigo pretende estabelecer uma relação das ações mais recentes do movimento Black Lives Matter com a iconografia desenvolvida pelo designer californiano Emory Douglas entre os anos de 1966 e 1979 para o jornal periódico Black Panther, que segundo pesquisadores, em seu período de maior circulação chegou a uma tiragem de 139.000 exemplares por edição. Do ponto de vista gráfico, Douglas foi o principal responsável na elaboração do imaginário de luta black que se espalhou pela indústria do entretenimento. Cunhou diversas iconografias que influenciaram outros movimentos da contracultura. Imagens criadas no calor das manifestações sessentistas formaram uma estética aguerrida em que os desenhos eram produzidos utilizando técnicas semelhantes ao entalhe da madeira na produção de gravuras, potencializando a rigidez dos contrastes. Trabalhando com a composição de motivos que representavam a simbologia da revolução, estruturando uma identidade combativa que convocava a comunidade para o enfrentamento mental da condição de subalternidade.
Palavras-chave: design; linguagens visuais; ativismo; Panteras Negras; Black Lives Matter.
voltar para o topo